26 novembro 2012

Peço desculpa por incomodar

Caros amigos, fazendo parte de um povo maravilhoso, discreto e humilde que foi grande nos anos seiscentistas e hoje vive da boa vontade dos credores, estando a vender o património herdado dos tempos áureos, sem pensar na herança para os vindouros, devemos ler a notícia e admirar a humildade e a boa vontade de muitos nossos compatriotas que não querem incomodar. Refiro-me aos discretos Sem-abrigo: "Escondidos" nas ruas e nas estatísticas.

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24 novembro 2012

Façam propostas. Ajudem a sair da crise

Segundo esta notícia OE 2012. Líder do PS diz que "derrapagem orçamental podia ser evitada", o líder da oposição afirma aquilo que tem sido muitas vezes defendido por comentadores e opinadores conceituados, e que foi aqui referido várias vezes. A austeridade excessiva tem sido bloqueadora da economia e lesiva da qualidade de vida da maior parte da população.

Aplica-se aqui a frase de Manuel Carvalho da Silva em acordar do pesadelo: «A soberania do povo tem de ser assegurada e os portugueses terão de confrontar, mais do que nunca, cada partido com as suas propostas. Terão de exigir que todos apresentem programas de governação muito concretos e assegurar que os compromissos sejam respeitados.»

Segundo ela, seria bom que o líder do PS traduzisse as suas ideias em propostas positivas, expressas de forma clara e convincente com vista às medidas adequadas para a saída da crise, para o crescimento da economia e para a melhoria da vida dos portugueses. Há quem diga que não o faz, com receio de que tais medidas possam ser postas em prática pelo Governo. Mas, se fizer das suas propostas a devida publicidade terá o apoio dos eleitores que em devida altura lhe mostrarão de forma conveniente a sua gratidão.

Uma oportunidade que tem sido mal aproveitada pela oposição é a permanente evidência da sua capacidade de governar melhor para captar os votos em futuras eleições. Apresentem propostas positivas, porque o povo precisa de medidas correctas e saberá liga-las sempre aos seus autores. Os portugueses saberão confrontar os partidos com as propostas concretas que apresentarem, e não gostarão de camuflagens com promessas falsas, geradoras de esperanças ilusórias que se esfumam a breve prazo.

Precisa-se de cooperação, colaboração, convergência de esforços, enfim, espírito de equipa para bem da Nação. Precisamos de melhores dias, novas auroras.

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21 novembro 2012

Governar é tomar medidas a favor da Nação

Governar é tomar decisões e medidas, para o que devem ser tidos em consideração todos os factores que levem às melhores soluções e, para isso, não pode esquecer-se as pessoas que vão sofrer as consequências ou delas beneficiar. As pessoas são a principal componente dos interesses nacionais.

A componente fundamental de um Estado é a Nação, isto é, o conjunto dos cidadãos, e nada deve ser feito em seu prejuízo, mas sim tudo deve ser feito para seu benefício. Não deve ser esquecido o velho lema «Tudo pela Nação, Nada contra a Nação».

Um governante da área das finanças não pode limitar-se a ser «operador de calculadora», a usar apenas os números gerais e estatísticos, dentro das paredes do gabinete, ignorando os portugueses, riscar planos teóricos em papel branco, como se o país não fosse uma geografia variada de pessoas e outros condicionamentos, como diz Santana Lopes ao exortar a troika a deixar de impor medidas de «régua e esquadro». Não podem ser desprezadas sugestões, porque de entre todas pode aparecer algo de muito positivo e útil como esta, de político experiente.


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16 novembro 2012

Raramente acertam à primeira

Transcrição de notícia do Correio da Manhã, seguida de NOTA:

Corte na Educação será de 5%. Garantia de ministro Nuno Crato http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora/corte-na-educacao-sera-de-5

O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, garantiu ontem ao Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) que o corte no orçamento de 2013 será de cerca de 5% e não de 9,4%. Cruz Serra, presidente do CRUP, disse que as dificuldades se mantêm mas “a situação já não será ingerível”.

NOTA: Esta é mais uma prova de que os governantes, salvo eventuais excepções, só pensam depois de errar. Este acaba por fazer um recuo de 46,8% passando de 9,4% para 5% o corte que queria fazer sem, pelos vistos, ser necessário. É pena não aprenderem a pensar antes de decidir e, agindo desta forma, mostram a utilidade e necessidade de manifestações e greves para exigir a correcção de medidas tomadas levianamente sem o sentido de responsabilidade de quem tem nas mãos o destino de um país e seus habitantes actuais e futuros.

Para que servem tantos assessores, especialistas, consultores, etc., se as decisões são tomadas por palpite, como se fosse um jogo de lotaria? Se agissem com democracia e transparência a preparação do corte teria sido feita em estudo concorrente em que seriam inseridos os diversos escalões da hierarquia administrativa, o que não impediria o ministro decidir atendendo também a factores políticos que explicasse para que os tutelados compreendessem e aderissem às medidas finais. Assim, o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) teria sido ouvido antes e não depois do erro cometido e evitava o recuo e o corte do corte, nada prestigiante. Mas, infelizmente, raramente acertam à primeira.

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09 novembro 2012

PM holandês usa bicicleta


O Primeiro-Ministro Holandês a chegar ao seu local de trabalho, ao seu Gabinete Oficial para mais um dia de trabalho.
Diferentes mentalidades, diferentes exemplos.
E se em Portugal deixasse de haver a obsessão pelos carros de luxo a pesarem no dinheiro público, dos nossos impostos???.

07 novembro 2012

Alternativas propostas pela CGTP para o Orçamento de Estado 2013

       A propósito da Greve Geral anunciada pela CGTP para o dia 14 de Novembro, um pensamento nos assalta, será justo ou não aderir a esta greve? Numa altura em que o país está mal, as empresas lutam para subsistir, e nós queremos manter os nossos postos de trabalho!
       Esta é defacto uma altura dificil, mas também esta, é a unica forma de luta que os trabalhadores dispõem para mostrar o seu desacordo com as políticas e vias seguidas pelo Governo. A única forma de travar a desagregação do estado social, a destruição total do tecido empresarial e consequentemente da vida económica. Houve tempo em que acreditei na ingenuidade política dos nossos actuais timoneiros, até mesmo na incompetência dos mesmos, entretanto sou forçado pelas evidências a crer, que estava completamente enganado, e que este Governo é criminoso e porquê?
 
Falta de diálogo, falta de convergência no sentido de ouvir as propostas de todos os parceiros socias, e mais grave falta de sentido de Estado enquanto Nação e a não defesa dos superiores interesses do Estado que somos todos nós. Este Governo, coloca em risco toda a estrutura social de Portugal, em favor dos interesses do capitalismo financeiro e das classes dominantes, com os seus interesses instalados. Para perceber melhor do que falo, aconselho o leitor a ler as propostas da CGTP para o Orçamento de Estado de 2013, as que o nosso Governo não quer nem ouvir falar.
 
Toda esta actuação,  e seguindo os actuais objectivos governamentais, levar-nos-á depois da perda da soberania monetária, à perda da soberania política dado que o objectivo é submeter o país de modo permanente à servidão da dívida, dado que a mesma é impagável. Pelo empréstimo de 78 mil milhões de euros, vamos pagar 112,4 mil milhões, ou seja de juros pagamos 34,4 mil milhoes de euros.
 
Fica pois o leitor esclarecido, para poder decidir  em consciência a adesão ou não a esta GREVE GERAL.

Victor Simões

 
"(...)O problema que hoje assola o mundo capitalista não é uma crise. É, sim, uma depressão . Ela teve início em 2008, mas esta palavra jamais é utilizada pelos analistas que pontificam nos media que se dizem "referência". Uma crise é um fenómeno episódico, conjuntural, pontual. Ela faz parte dos ciclos de negócios normais do modo de produção de capitalista. Uma depressão, em contra-partida, é um fenómeno prolongado no tempo. Considerar uma depressão como uma crise é um erro de diagnóstico que só pode conduzir a terapias erradas. Mas o capital financeiro tem interesse em aplicar as terapias erradas. No bojo da depressão pretende reforçar o seu poder e chegar ao domínio absoluto. O parasitismo do capital financeiro pretende vencer a sua guerra. (...)" (  O OE-2013, A AGENDA OCULTA E A SAÍDA DA CRISE, resistir.info 06.11.2012 )
 
Propostas CGTP Orçamento Estado 2013

04 novembro 2012

"O País, aguenta mais austeridade - Os Gregos aínda estão vivos." Fernando Ulrich do BPI

                Ai aguenta, aguenta!
           Por: José Manuel Pureza in DN OPINIÃO 02 de Novembro 2012
 
 
O País aguenta mais austeridade? Ai aguenta, aguenta ! " Que o banqueiro Fernando Ulrich se tenha sentido na obrigação de vir a terreiro para, do alto da recapitalização garantida do seu banco, ameaçar o País nestes termos é revelador. Ao dizer o que disse e como disse, ele foi o porta-voz do misto de desespero e cinismo de uma elite económica e política que vê chegado o tempo da queda das máscaras. Primeiro caiu a máscara da salvação do País da bancarrota, disfarce de uma estratégia que não tem feito outra coisa senão levar o País justamente para a insolvência sem remissão. Depois caiu a máscara dos "efeitos inesperados", com a qual o Governo quis camuflar a sua aposta deliberada no desemprego como chantagem sobre o emprego e os salários e na espiral recessiva como desígnio para uma suposta periferização virtuosa da nossa economia. Nem salvação nem desvios imprevistos - apenas estratégia, fria e implacável, de aplicação do dogma liberal.
O Orçamento esta semana aprovado é incumprível e foi precisamente para o ser que o Governo o fez como fez. Na lógica animada pela obsessão ideológica do Executivo, a operação de reengenharia da sociedade portuguesa ainda vai a meio. Vítor Gaspar exprimiu-o com clareza na imagem da maratona e da não desistência aos 27 quilómetros. Ulrich, com menos paciência para metáforas do que Gaspar, foi direito ao assunto: "Ai aguenta, aguenta!" O patamar de austeridade e empobrecimento já atingido não chega para os propósitos da direita económica e social que tem em Passos e na sua equipa os seus políticos de serviço. É tempo de passar à segunda fase do plano. Não é outro o sentido da proclamação da enigmática "refundação" do memorando de entendimento com a troika pelo primeiro-ministro. Flagelado e deixado exausto o tecido social, é agora o tempo de passar ao desmantelamento completo dos serviços públicos e dos direitos sociais. Agora cairá uma última máscara: "Cumprir as metas" em 2013 vai significar 3,5 mil milhões de euros a menos em saúde, educação e segurança social. Tão simples e cruel como isso.
 
Agradeçamos a Fernando Ulrich a clarificação inequívoca do horizonte pretendido por esta operação. Diz ele: o desemprego na Grécia "já está em 23,8% e chegará aos 25,4% no próximo ano. Apesar disso, os gregos estão vivos, protestam com um bocadinho mais de veemência do que nós, partem umas montras, mas eles estão lá, estão vivos." O recado não podia ser mais cristalino: os gregos estarem vivos é a prova de que, austeridade em cima de austeridade, um povo pode viver sem direitos, sem proteções, sem mecanismos de equilíbrio, sem nada. Apenas com a vida nua. "Estão vivos" - diz Ulrich - apesar de tudo lhes ter sido tirado (ou, em linguagem mais cara ao banqueiro, de os seus custos terem sido eficientemente minimizados), estão vivos apesar de não terem emprego, de não terem como pagar os cuidados básicos de saúde, de não poderem pagar o crédito à habitação - e se eles estão vivos apesar de tudo isso, não nos venham com lamechices de que o povo português já não aguenta mais austeridade. Ai aguenta, aguenta!
 
O programa desta segunda fase do ajustamento estrutural é, pois, o de uma refundação não do memorando mas do regime político em Portugal. Pela mão do Governo e da troika, a democracia portuguesa corre o risco de ser grosseiramente desfigurada em poucos meses. O que está em causa é uma gigantesca operação de privatização de tudo aquilo em que se joga um desempenho social do Estado e, portanto, de tudo aquilo em que a democracia é social e não apenas política ou cerimonial. O plano B da troika é afinal o plano A de sempre de uma elite que não perdoa ao 25 de Abril ter aberto a porta à transformação das relações sociais em Portugal.

O Ministro, Vitor Gaspar precisava de estagiar com esta senhora


Atentem bem no que esta senhora, Prof. Drª Mª da Conceição Tavares, Portuguesa naturalizada Brasileira. Economista  professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Brasil, tem para dizer aos futuros e actuais economistas. O ministro das Finanças, Vitor Gaspar, teria concerteza muito a aprender.
          
 
 

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Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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